quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Celso Oliveira







Profundamente interessado na cultura e religiosidade populares, Celso Oliveira expressa seu encantamento pela luminosidade do Ceará através de fotografias coloridas. Pouco tempo depois, faz a opção pela fotografia em preto e branco para ressaltar o aguçamento da tensão e do contraste da luz do Ceará.

Sebastião Salgado







Tiago Santana


Tiago Santana coloca seus personagens, o Juazeiro do Norte, com sua luz duríssima , obriga ao fotógrafo tratar as sombras como parte dominante de seu cenário, e é nesse claro-escuro que o fotógrafo, cearense de Crato, manipula com decisão e presteza, sua romaria de personagens benditos pelo sol e pela religião.O cenário não é escolhido pelo exótico. É mais profundo. Santana passou a infância e parte da adolescência em Juazeiro do Norte. Sua busca não vem de uma curiosidade qualquer. Ela faz parte de seu próprio imaginário e neste sentido, é sua vantagem, o íntimo olhar do nativo e não do "estrangeiro" de quem estamos acostumados a ver tantas imagens.As belas e sutis imagens de Santana nos tocam muito mais pela sua sinceridade do que pelo exotismo de seu fabulário. Os detalhes dos crucifixos e as medalhinhas, emblemas recorrentes, fazem coro com as rugas dos romeiros. Mais uma vez este sol implacável nordestino a permear os contrastes e a recortar os rostos e mãos impiedosamente.

Angela Berlindes










Fotos de Angela Berlindes, mostra bastante as pessoas na sua ingenuidade e espontaneidade.

Pierre Verger







Realizou um extenso trabalho etnológico retratando o povo, seus costumes e principalmente as religiões Afro-brasileiras. Seus trabalhos lhe valeram o título de Doutor em Etnologia pela Universidade de Paris, Sorbonne, e também o de Babalaô pelo Candomblé .Seu acervo fotográfico, de valor inestimável, conta com cerca de 65 mil negativos e é uma importante referência para a Fotoetnografia do Brasil.

Cartier Bresson







Cartier Bresson... A nossa primeira referência! O homem que dizia que a máquina fotográfica era "uma extensão dos olhos"; o homem do "momento decisivo"; o primeiro fotógrafo a ser exposto no Louvre; um dos fundadores da Magnum; um fantástico fotojornalista; o homem que elevou a Leica a objecto de culto...Henri Cartier-Bresson foi um ímpar fotojornalista do século XX que, durante a sua vida, captou com a câmara importantes marcas e pormenores do nosso mundo, como a beleza da savana africana dos anos 20, manifestações políticas como o destino trágico dos republicanos espanhóis e também personalidades que inscreveram o seu nome na História, como Gandhi.Em 1956 iniciou a sua dedicação à fotografia e às artes da imagem, sendo que a sua formação como fotógrafo foi a de um autodidacta, como quase todos os outros fotógrafos dessa época, visto não existirem cursos de fotografia. O método consistiu em aprender os fundamentos técnicos da fotografia – o que se aprende facilmente nos livros – e definir uma orientação sobre o "objecto" preferencial da sua actividade fotográfica, tendo sido neste ponto que tomou Henri Cartier-Bresson (1908-2004) como paradigma.